Olá Senhoras, Senhoritas e Senhores, eu sou o Vigia e este é o primeiro capítulo de, HISTÓRIAS DE UM GAMER, seção onde contarei algumas histórias engraçadas (ou não… na maioria não…) que aconteceram comigo, ou com algum amigo, claro que, com a devida permissão do mesmo.
E para o relato de hoje, falarei de Castlevania: pra dizer a verdade, comecei a jogar a saga, direto pelo Symphony of the Night, e na época, eu tinha um PlayStation e o PS2 já estava sendo vendido a um tempo considerável e a um preço bem alto; nos anos anteriores, bem antes da chegada do próprio PlayStation Clássico, eu frequentava as locadoras, e tive oportunidade de jogar no Super Nintendo (tal como relatado no Livro de J.E.), alguns títulos como, Street Fighter II e, Fatal Fury, mas, de Castlevania mesmo, nada!
Foi então que vi no extinto G4 Brasil, que era um programa sobre games transmitido pela Band, os games Castlevania Aria of Sorrow e Devil May Cry (que belos gráficos e movimentação), numa época em que não havia internet e nem algum amigo que tivesse um PS2, não sei bem o porque, mas acabei confundindo os dois em minha cabeça, ou seja, para mim Castlevania se chamava Devil May Cry e vice-versa…
O tempo passou e certo dia, fui numa dessas lojinhas de R$ 1,99 que vendiam CDs piratas aqui na cidade, foi quando vi Castlevania: Symphony of the Night na bancada, mas como já disse, em minha mente aquele game era Devil May Cry, e, na hora pensei que o game também devia existir para PS1; muito empolgado, o comprei, então corri para casa tão logo meus pés puderam me levar, coloquei o jogo no meu console Fat e liguei, mas para minha surpresa, me deparei com Richter Belmont enfrentando Drácula, e me lembro de ter gritado sonoramente:
-“Wé”, mas, isso é um jogo de GameBoy!?
Minha decepção só não foi absoluta, porque aquele foi o primeiro jogo que vi em minha vida com Legendas em Português, e só por isso, continuei jogando, passei pelo prólogo, e quando já estava jogando com Alucard, meu primo que assistia a jogatina ao meu lado, comentou:
-Olha o “jeitão” dele, acho que esse cara é um Vampiro!
E ele estava certo, eu descobriria mais tarde que Alucard era o filho de Drácula, que enfrentava seu pai imortal mais uma vez diante de nossos olhos. Joguei bastante, mas era ainda muito desentendido nos games e, as vezes, ficava por horas andando nos mesmos corredores de novo e de novo, matando os mesmos inimigos com espadas, atirando facas, água benta ou dando socos, o que fez com que quando finalmente tivesse chegado no castelo invertido, eu não sofresse tanto, já que as horas de “jogatina infantil” contribuíram pra que meu personagem ficasse extremamente forte.
Passou-se bem pouco tempo desde que adquiri Castlevania, até que, finalmente, chegou o aniversário de meu amigo, que era mais conhecido como Batata, e fui convidado para a festa, mas preciso dizer, que esta foi a única vez que me chamou, será que fiz bagunça demais na casa do Batata?
De qualquer forma, eu precisava levar algum presente, então o que poderia ser melhor e mais barato que um CD de Play 1?
A essa altura, meu amigo já tinha também sua versão Slim do console; então fui até a lojinha de R$ 1,99 e comprei um CD, era exatamente o mesmo Castlevania que o meu, levei pra casa, testei em meu próprio videogame, e vi que aquela versão não era em português, esse foi um fato que não demorei a ressaltar pro meu amigo… fazer o que (?) eu era uma criança e um idiota!
Mas, mesmo assim, a partir daquele momento eramos dois amigos batalhando contra os servos de Drácula, lutando para destruir o vilão e compartilhando cada segredo que descobríamos sobre a Criatura do Caos que se materializava na forma de um Castelo.
Nossa jornada foi árdua, mas não foi desassistida, porque o Batata conseguiu uma revista com o detonado do Symphony, e com ela, conseguimos encontrar os óculos especiais que nos permitem ver o espírito de Shaft controlando o mais poderoso caçador de Vampiros. O eliminamos e seguimos em frente para o segundo Castelo!
Mas, o mais engraçado que me lembro relacionado a Castlevania aconteceu na escola, e era ao mesmo tempo, surpreendente o número de pessoas que também estavam jogando o game, como também nos surpreendia ver o número de adolescentes querendo ser adultos (idiotas) e que ficavam nos zoando por que jogávamos Castlevania… vai entender… mais surpreendente ainda era o número de pessoas que zeraram o jogo matando apenas o Richter, e esses “amigos” simplesmente não acreditaram quando dissemos que havia um “segundo castelo”!
Na verdade, foi aos trancos e barrancos, mas Batata e eu finalizamos Castlevania Symphony of the Night zerando com todos os finais, claro que com ajuda do detonado da revista, era um game simplesmente incrível, o primeiro Castle que jogamos, imagine então, minha surpresa quando cheguei na mesma lojinha de sempre e vi Castlevania Chronicles!
É claro que eu comprei imediatamente, e era sim, um excelente Remake do primeiro Castle, mas, como já disse, eu não era “tão gamer” quanto agora, e também, por ter jogado em primeiro lugar o Symphony, não pude aproveitar tudo que Chronicles tinha a me oferecer, tampouco Batata se interessou, então só joguei ele de forma descente depois do lançamento da série no Netflix (época da primeira temporada).
A série da família de caçadores de Vampiros também causou um certo alvoroço em minha turma, meus amigos comentaram muito sobre ela e sobre o game. E já que isso foi mais recente, além de ter me tornado um “gamer melhor”, também me tornei grande fã de Literatura, li tanto a versão condessada como a completa de Drácula de Bram Stoker, então pude me gabar do quanto sabia, apontando cada detalhe de Symphony que era baseado no livro de Stoker, lançado em 1897, e, de novo, acho que irritei meus amigos… deve ser por isso que fui o único a re-jogar toda a saga e acabei por ter apenas você, caro leitor, para contar esta história…
Comentários
Postar um comentário
Mensagens ofensivas, sequer serão lidas até o fim!